quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Fui eu que fiz!


Esta semana veio carregada... mudanças estão em curso no trabalho, tivemos problemas de saúde na família, uma nova virose se apoderou do BB Pedro e o deixou ardendo em febre por 3 dias e para completar fomos abandonados pela nossa empregada.

A casa caiu, repetindo, a casa caiu! Senti como se esta famosa frase tivesse sido escrita para mim. "Não se anime quando estiver chegando ao fundo do poço, você sempre poderá encontrar um indivíduo cavando."

Mas é nestas horas que eu olho para o meu filho e acredito que tudo é possível. Saber que fomos capazes de fazer uma coisinha tão linda, tão perfeitinha e tão gostosa nos fortalece e nos faz acreditar que somos capazes de fazer qualquer coisa.

E se eu fosse uma poetiza, uma escritora ou uma compositora, eu diria:


"Quando olho no Teu olhar,
Eu vejo que sou tão feliz
Você chegou pra me alegrar
Ter você é tudo o que eu sempre quis
Cada dia mais eu quero dizer: Amo Você."


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Maternidade, um emprego vitalício.


Por que a discussão realista sobre os problemas da paternidade causa tanto desconforto – e como ela pode ensinar os casais a sofrer menos.



"... A paternidade, que deveria ser o momento mais feliz da vida dos casais – de acordo com tudo o que aprendemos –, na verdade nem sempre é. Ou, melhor dizendo, não é nada disso. Para boa parte dos pais e (sobretudo) das mães, filhos pequenos são sinônimo de cansaço, estresse, isolamento social e – não tenhamos medo das palavras – um certo grau de infelicidade. Ninguém fala disso abertamente. É feio. As pessoas têm medo de se queixar e parecer desnaturadas. O máximo que se ouve são referências ambíguas e cheias de altruísmo aos percalços da maternidade, como no chavão: “Ser mãe é padecer no Paraíso”. Muitas que passaram pelo padecimento não se lembram de ter visto o Paraíso e, mesmo assim, realimentam a mística. Costumam falar apenas do amor incondicional que nasce com os filhos e das alegrias únicas que se podem extrair do convívio com eles. A depressão, as rachaduras na intimidade do casal, as dificuldades com a carreira e o dinheiro curto – disso não se fala fora do círculo mais íntimo e, mesmo nele, se fala com cuidado. É tabu expor a própria tristeza numa situação que deveria ser idílica.

A boa notícia para os pais espremidos entre a insatisfação e a impossibilidade de discuti-la é que começa a surgir um movimento que defende uma visão mais realista sobre os impacto dos filhos na vida dos casais. Seus adeptos ainda não marcham nas ruas com cartazes contra a hipocrisia da maternidade como um conto de fadas. Mas exigem, ao menos, o direito de falar publicamente e com franqueza sobre as dificuldades da situação, sem ser julgados como maus pais ou más mães por se atrever a desabafar. Por meio de livros e, sobretudo, com a ajuda da internet, eles começam a falar claramente sobre os momentos de angústia, tédio e frustração que costumam acompanhar a criação dos filhos. Nas palavras da americana Selena Giampa, uma bibliotecária de 35 anos, dona do blog Because Motherhood Sucks (A maternidade enche...), “a maternidade está cheia de momentos de pura felicidade e amor. Mas tudo o que acontece entre esses momentos é horrível. Amo ser mãe, de verdade. Mas tenho de dizer a vocês que, assim como qualquer outro emprego, muitas vezes eu tenho vontade de pedir as contas”. Com uma notável diferença: ninguém pode se demitir do emprego de mãe ou de pai. Ele é vitalício..."

 “Não falar sobre a parte ruim da maternidade só aumenta o drama dos pais e as expectativas irrealistas de quem ainda não é”.

Fragmento da matéria Filhos e felicidade - Revista Época - 19/10/2012



Sou a favor deste papo. As pessoas precisam saber que não é fácil, que não é um conto de fadas, mas que é... Mágico!

Tentei definir a maternidade: responsabilidade, compromisso, dedicação, isolamento, sufoco, exaustão, descobertas, encontro, continuidade, realização, plenitude, amor, alegria, diversão, magia... mas a lista é infinita. Sentimos tantas coisas, enfrentamos tantas coisas, sobrevivemos à tantas coisas. Então, por que será que somos capazes de repetir esta experiência e, por vezes, mais de uma vez? Por uma simples questão de pesos e medidas. Colocamos na balança e vemos que vale a pena!

Vou esperar até que o seu bebê olhe assim para você para então batermos este papo. Podemos até cuspir cobras e lagartos mas, com certeza, teremos sorrisos estampados nos rostos e lagrimas nos olhos!



Meu querido macaquinho


O BB Pedro entende perfeitamente a função de suas mãozinhas - pegar objetos, balançar objetos, esfregar os olhinhos, puxar o próprio cabelo, virar, levar o pé a boca, apoiar-se para levantar o tronco, "escalar" o berço, movimentar-se de um lado para o outro (ele gira sobre a própria barriga como um pequeno pião), etc - elas estão sempre trabalhando.

Ele também já descobriu os pezinhos e o quanto eles podem ajuda-lo a realizar tarefas. Imaginei assim que o próximo passo seria engatinhar mas eu estava enganada.

Pezinhos e suas principais aplicações:
  • Fazer barulho: Ele bate os pezinhos quando acorda para chamar a nossa atenção;
  • Aliviar a coceira dos dentinhos que estão nascendo: Ele esfrega os dedinhos do pé na boca;
  • Dar impulso: Ele apóia os pezinhos na mesa, quando está no cadeirão, e se joga para trás fazendo gracinhas;
E agora a melhor delas:
  • Pegar objetos: Ele usa os pezinhos para pegar coisas e trazê-las até as mãozinhas. Esta semana ele puxou com os dedinhos do pé uma mecha do meu cabelo até poder prendê-la entre os pezinhos para depois trazê-la até as mãos e, por fim, levá-la à boca. Ele arquitetou um plano mirabolante para alcançar seu objetivo e não deve ter entendido por que eu cai na gargalhada. Meu querido macaquinho!

Vejam a desenvoltura com que os pezinhos levam o brinquedo até as mãozinha. rsrsrs







segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Os primeiros dentinhos do bebê


É por volta dos 6 meses que os dentinhos do bebê começam a aparecer. Os incisivos inferiores são os primeiros a dar as caras, seguidos pelos incisivos superiores e depois pelos laterais. A dentição completa, com 20 dentes-de-leite, deve ser esperada lá pelos 3 anos de idade.

Quando os dentinhos estão nascendo, mas ainda não romperam a gengiva, o bebê já sente o desconforto. Coceira e excesso de saliva são os sintomas iniciais. É nesta época que o bebê começa a levar tudo a boca. Ele também começa a testar a mordida e é quando aquela pobre mãe que ainda está amamentando é pega de surpresa.

O bebê Pedro já tem 2 dentinhos, eles chegaram acompanhados de um pouco de febre, o que é muito comum. Ele também começou a babar bastante (meu pequeno buldogue) e a usar o dedinho polegar para esfregar a gengiva. Meu bebê chupa o dedo e com a chegada dos dentinhos, o polegar esquerdo andou um tempinho em carne viva. A gengiva coçava, o dedo ia parar na boca, ele ensaiava a mordida e machucava o dedo. Ele chorava e tirava o dedo da boca. Mas ai a gengiva coçava e o dedo ia parar na boca e ele ensaiava a mordida...  foi difícil controlar este esquema e proteger o pequeno polegar esquerdo. Nossos principais aliados foram os mordedores. Passamos a tê-los sempre a mão e a oferece-los ao BB Pedro o tempo todo.

Dica: Prefira mordedores de borracha, mais resistentes e com relevo, eles ajudam a coçar a gengiva e distraem o bebê.

Dica: Mantenha o babador por mais tempo no bebê e evite ter a casa toda babada.



sábado, 20 de outubro de 2012

Entulhando a casa IV - O bebê e seu cadeirão.


Quando o bebê começa a ensaiar a posição sentado é chegada a hora de comprar o famoso cadeirão. Nada mais prático do que ter o bebê sentado sozinho para comer.

Traumatizada com o espaço que esta "pequena peça" ocupa e com o fato de nossa casa ter se tornado um território ocupado por um pequeno ditador conhecido como BB Pedro. Comecei uma pesquisa em busca de uma opção mais "friendly".

Encontrei 4 produtos aqui no Brasil:
  1. Cadeirão - O tradicional. O trambolho!
  2. Cadeirão de encaixar - A alternativa. Opção comprada por nós - Cadeirão para refeição Burigotto.
  3. Cadeirão suspenso - O mais prático. Esta é a opção que mais nos agradou, mas infelizmente a nossa mesa de jantar não permitiu o seu encaixe 
  4. Cadeirão de vestir - A mais simples. A ideia é barbara, mas achamos a proposta pouco confortável para o bebê.
Hoje, com 7 meses, o BB Pedro fica sentado sozinho por algum tempinho para depois tombar de lado. Mas a mesa de jantar já se comporta como um mocinho e, em seu cadeirão, acompanha os pais em todas as refeições. Coisinha fofa da mamãe!



1) Cadeirão - peça com bandeja


2) Cadeirão de encaixar - peça com bandeja






3) Cadeirão suspenso - peça sem bandeja

4) Cadeirão de vestir - peça sem bandeja
nino

Enfermeira, babá, ter ou não ter?


Se você mora na mesma cidade em que moram seus pais, sogros e familiares, e pode contar com algum apoio, eu diria: você não precisa de uma enfermeira.

Se este não for o caso e você tiver que fazer tudo sozinha, eu diria: contrate uma enfermeira para os primeiros 30 dias.

Se você precisa de muitas horas de sono para sobreviver, eu diria: mantenha esta enfermeira por pelo menos 90 dias. É a partir dos 3 meses que o bebê começa a dormir um pouco mais a noite, que as cólicas vão embora e que você já está mais do que escolada para se virar sozinha.

Morando em SP, longe da família e com um marido que trabalha MUITO, optei por contratar uma enfermeira para os primeiros 30 dias. O apoio foi importante, mas ela trabalhou pouco. Apaixonada pelo filhotinho que acabava de chegar, passei todo o tempo que pude grudada nele. E ao final de 30 dias mergulhei na louca aventura que foi ficar sozinha com ele pelos 5 meses que se seguiram. A dedicação 24/7 é puxada, mas eu faria tudo outra vez.

Ser a primeira a vê-lo:
  • ensaiar os primeiros sons
  • acompanhar movimentos com os olhos
  • levantar a cabeça
  • ensaiar o primeiro sorriso
  • virar sozinho
  • esticar os bracinhos para pegar objetos
  • esticar os bracinhos para pedir colo
  • etc
  • etc
Não tem preço, ou melhor tem um precinho que pude pagar de olhos fechados.

Hoje, aos 7 meses, o meu bebê passa 12h na escolinha para que eu possa passar 9h no trabalho. Cuidar do bebê e trabalhar ao mesmo tempo significa dedicar-se pouco a ele e quase nada a você. E é nessa hora que começo a me perguntar se devo contratar uma babá. Eu nao considerava isto antes. Sempre achei que nós cuidamos de nossos filhos por amor e que deveriamos poder faze-lo ao inves de ter que contratar alguem para desempenhar o nosso papel.

Estamos assim redesenhando a rotina. Mudaremos o horário de nossa assistente do lar. Ela passará a trabalhar das 12h as 21h e vai dormir as sextas-feiras. E estamos a procura de uma folguista para ficar conosco 1 sábado a cada 15 dias. 

Vamos nos preservar um pouco para que o BB Pedro possa ter sempre o melhor de nós.

Mas não pergunte duas vezes se eu gostaria de ficar com este sorriso só para mim.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Frases que só agora começaram a fazer sentido


Durante a gravidez ouvimos muitas histórias e recebemos muitas dicas e conselhos. Mães e pais experientes falam sobre aquele futuro tão próximo e aumentam a nossa expectativa. Com a chegada do bebê, as histórias vão se confirmando uma a uma.

Estas frases não foram criadas por estas pessoas, mas foram usadas por elas, para compartilhar a emoção que é "ser mãe" ou "ser pai".

"Ser mãe é ver o seu coração bater fora do corpo."
Renata, mãe da Catarina e do João Pedro

"Ser mãe é padecer no paraíso."
Rosa, mãe de Pedro, Anna e Isabel

"Ser mãe é descobrir que podemos fazer em 20 minutos o que antes nos tomava 1 hora."
Fabrícia, mãe da Laís

"Ser mãe é descobrir que a sua vida não pertence mais a você."
Marcelo, pai da Bia.

"Filhos são como jogos de vídeo game, uma nova fase é sempre mais difícil do que a anterior."
Fabio, pai de 3 meninos

"Cada nova vida que nasce  é a chegada de um novo alguém capaz de mudar o mundo."
Marco, pai da Valentina

"Criança é como leite, se tirar o olho derrama."
Air, avó de maria Clara e João.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

A primeira virose do meu bebê



Voltei a trabalhar no dia 17 de setembro e no dia 19 de setembro uma virose atacou o nosso pequeno. O retorno ao trabalho já não é fácil, imagine com esta sobrecarga...

Rotavírus? Alimento estragado? Intolerância a gema de ovo? Dentinhos nascendo? Um coleguinha doente? Não identificamos a causa, mas o efeito foi violento. De um dia para o outro o cocô virou água e permaneceu em estado liquido por 8 dias.

E foi assim que começou mais uma maratona.  Corre, liga para a pediatra, coloca o bebê de dieta, monitora a temperatura dele, invade a farmácia mais próxima, aumenta o estoque de fraldas, monta um esquema diferenciado para lavar e secar body e calça...

O BB Pedro não se deixou abater, continuou ativo e se alimentando bem mas, a cada duas horas, passava mal. E as fraldinhas não resistiam. Uma manhã me apavorei quando, ao ouvi-lo reclamar, fui até o berço e o encontrei deitado sobre uma pocinha de cocô. Ele foi dali para o chuveiro. E todo o resto para o tanque. Minha vontade era pegar o berço com tudo dentro e jogar na máquina de lavar.

Montamos um plano de ação para combater a virose:
  • Trocamos o hipoglós por dermodex tratamento (a diarreia causa assaduras)
  • Trocamos o suco de laranja por água de coco (Além de refrescante, ela é nutritiva e possui sais minerais, como o sódio e o potássio, que regulam o equilíbrio dos líquidos no organismo.)
  • Suspendemos o mamão
  • Aumentamos o consumo de banana e maça
  • Retiramos as verduras da sopa  (elas são ricas em fibra)
  • Retiramos a gema de ovo da sopa 
  • Passamos a hidrata-lo com Pedialyte 45 (60ml após cada troca de fralda)*
  • Passamos a medicá-lo com florax (1 x ao dia)*
  • Passamos a controlar a temperatura 4 vezes ao dia
  • Passei a levantar mais vezes a noite para ver como ele estava.
* Não faça o uso desta medicação sem consultar o seu pediatra.

Não conseguimos minimizar a virose, que se estendeu por 8 dias, mas mantivemos o BB Pedro muito bem hidratado e com o quadro clínico normal. Ele emagreceu um pouco, mas não perdeu o apetite e já voltou a ganhar peso. Esta foi a nossa pequena vitória.

 Mas como dizem as mães experientes: "Esta é a primeira de muitas, vá se acostumando."