segunda-feira, 20 de agosto de 2012

É chegada a hora da Escolinha


E assim, chega o dia em que o inevitável acontece: a licença maternidade aproxima-se do fim. Depois de passar 5 meses integralmente dedicada ao BB Pedro, terei que deixa-lo aos cuidados de outras pessoas. Fácil escrever... difícil sentir. Foram 5 meses aprendendo, descobrindo e vibrando com cada uma de suas pequenas conquistas. E, logo agora, que ele começou a me reconhecer, vou passa-lo aos braços de outros.

Hoje, foi seu primeiro dia de adaptação na escolinha. Logo na porta fui recebida por um segurança que me deu bom dia e perguntou se podia ajudar. Eu abri a boca e não consegui falar, apenas chorei. Depois de alguns segundos sussurrei: Bom dia, meu nome é Suzana e este é o BB Pedro, hoje é seu primeiro dia na escola. Ele abriu um sorriso, ligeiramente apreensivo, e repetiu as minha palavras em um walkie talkie. Minutos depois uma mocinha sorridente abriu a porta e nos deu as boas vindas. Por trás de meus enormes óculos escuros, ensaiei um sorriso. A coordenadora chegou logo em seguida sorrindo também e dizendo: Eu acabei de ligar para você, achei que vocês não viriam mais hoje. (Sim, nós não chegamos no horário combinado.) Eu só consegui sussurrar: Desculpe me atrapalhei para sair de casa hoje cedo. Seguimos para seu escritório e as minhas lágrimas brotavam continuamente enquanto o pequeno dormia como um anjo em seu carrinho. Ela me olhou preocupada e disse: já vi que esta adaptação será mais sua do que dele.

Minha vontade era agarrar o meu pequeno e sair correndo dali, mas tive que me comportar como uma adulta e dizer: Pois é, eu fiquei sozinha com ele em seus primeiros 5 meses de vida... Não imaginei que fosse ser fácil mesmo. Começamos a falar sobre coisas práticas, como documentação, e depois seguimos para a sala do berçario I.

O meu bebê é o quarto integrante de sua turma. E o mais novinho deles, o único que ainda não senta ou engatinha. Em seu primeiro dia, ele ficou na escolinha por apenas 2h, tempo suficiente para partir o meu coração. Meu filhotinho maravilhoso, se encantou com a novidade. Ele era só sorrisos. Não estranhou o colo da enfermeira e se mostrou super curioso em relação as diferentes atividades.

A turminha de 4 bebês tem duas enfermeiras dedicadas e uma compartilhada. Na escolinha, eles tem a sala de dormir, a sala de atividades e a sala de troca de fraldas/banho. Todos os ambientes são muito bem cuidados e as profissionais muito atenciosas, mas nada disto serviu para confortar o meu coração partido. Fiquei ali sentada observando tudo e contando os minutos para tira-lo de lá. Duas horas depois estávamos a caminho de casa. Ele dormiu no carro, mamou ao chegar em casa e dormiu outra vez. Eu passei a tarde toda olhando para ele, com o sentimento de que ele poderia desaparecer a qualquer momento. E amanhã começará tudo outra vez.

As mães, nesta hora, tem sempre 4 opções:
  • Contar com o apoio de uma das avós;
  • Parar de trabalhar;
  • Contratar um babá e deixar seu filho em casa ou
  • Escolher uma escolinha.
Eu infelizmente, não posso contar com a minha mãe ou com a minha sogra, que moram no Rio de Janeiro. Não posso me dar ao luxo de parar de trabalhar. E não consegui convencer o meu marido de que poderíamos deixar o bebê em casa com uma babá. E assim, me restou a opção número 4. 

Antes de escolher a escolinha fiz uma bela pesquisa e ao menos sei que o meu bebê estará em ótimas mãos. 

Agora eu só rezo para que tudo dê certo e para que eu consiga acalmar o meu coração.



Minha mãe conta que quando eu era pequena, eu entrava esperneando na condução que me levava para a escola deixando-a aflita. Segundo ela, eu era terrível e a poucos metros de casa já começava a rir e brincar com as outras crianças. A pirraça era só para chamar a atenção dela. Eu tinha 3 anos quando comecei a ir para a escola. Até ontem eu achava graça nesta lembrança da minha infância.














2 comentários:

  1. Oi Suzana, te achei aqui por caso, enqto procurava dicas sobre viagem com bebes no trecho Rj/SP. Muito emocionante o seu relato! Há 2 semanas nós fomos ver um berçário para os gêmeos e é muito difícil pensar neles "sozinhos" e "desamparados" longe da gente [mesmo sabendo que não é o caso e que é tudo coisa da nossa cabeça]. Força aí, amiga! Também sinto isso tudo, rss! Um beijo solidário, da Rê.

    ResponderExcluir
  2. Obrigada Re.
    Foi muito legal descobrir que o post sobre "SP - RJ - SP de carro com o bebê" está na primeira posição na primeira página na busca do Google. Não devem escrever muito a respeito. rsrsrs.
    Se precisar de ajuda com alguma coisa me liga.
    Bjo gde nos 4.
    Suca

    ResponderExcluir