sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A mulher e a licença maternidade


Comecei a trabalhar aos 18 anos e não parei mais. Aos 39, com a chegada do BB Pedro, ganhei o direito a licença maternidade. E por 6 meses trabalhei mais do que em qualquer outro momento da minha vida.

Um dos sábios conselhos que recebi ao longo da minha vida profissional foi - "encontre paixão no que você faz e viva com mais entusiasmo". Sempre fui uma publicitária feliz, mas foi cuidando do meu bebê em um regime 24/7 que encontrei esta paixão, o que não chega a ser uma surpresa, todas as mães devem se sentir assim.

Durante a gravidez a mãe é o centro das atenções, mas aos poucos fica claro que ela é, na verdade, a transportadora (cuidadora) de uma carga muito valiosa. E não pense que ligaremos para isto. Na sala de parto, ao ouvir pela primeira vez o choro do nosso bebê, nos tornamos eternamente devotas a uma felicidade maior. Seremos as primeiras a colocar o bebê no centro das atenções e a nos esquecer de nós mesmas.

Saldo da licença maternidade:
  • 3 meses sem dormir
  • 3 meses sem sair de casa
  • 3 meses sem fazer as unhas
  • 3 meses sem tomar um banho que dure mais do que 5 minutos
  • 3 meses dormindo 5h por noite
  • 2 tombos por exaustão
  • 10 visitas à pediatra
  • 6 visitas a clínica de vacinação
  • 13 meses sem pintar o cabelo
  • e 6 meses com um sorriso bobo estampado no rosto
Principais atividade:
  • 4 horas/dia dedicadas ao estimulo do bebê
  • 1 hora/dia dedicada ao banho
  • 1 hora/dia dedicada ao banho de sol
  • 1 hora de 3 em 3 dias para lixar as unhas do bebê
  • 8 trocas de fralda por dia
  • 8 mamadas por dia
Mas um dia a licença maternidade chega ao fim. E surge uma vontade louca de colocar o pequeno de volta na barriga. Não seria este o único jeito de termos certeza de que ele estará bem? Com 6 meses, ele ainda é tão pequenino e tão indefeso. Não consigo parar de pensar que felizes são os cangurus!








sábado, 15 de setembro de 2012

SP - RJ - SP de avião com o bebê.


Viajar de avião com o bebê não é tão simples como imaginávamos, envolve uma série de detalhes.

Na compra da passagem, pela internet, é preciso informar sobre a presença de um bebê, mesmo que ele ainda não venha a ocupar um assento.

No check in é preciso informar que você vai despachar o carrinho na porta do avião. Você receberá um saco plástico enorme que servirá para embalar o carrinho quando ele for retirado pela equipe de terra da cia aérea. Peça pela etiqueta "Frágil" e sinta-se ao menos confortada de que ela talvez seja respeitada.

O carrinho viaja junto com as bagagens. E a TAM exige que você assine um termo eximindo a empresa de qualquer responsabilidade sobre danos causados a ele durante o voo já que este não será despachado em sua embalagem original. Isso mesmo, se eles destruírem o carrinho durante a viagem o problema é seu. Segundo a TAM, trata-se de regra da ANAC.

Ainda dentro do avião você precisa avisar ao comissário se quer receber o carrinho na porta do avião ou na esteira rolante.

A troca de fraldas foi uma aventura a parte. Não arriscamos fazê-la no aeroporto, os banheiros tem muito movimento. No banheiro do avião o trocador de parede posicionado fica posicionado logo a cima do vaso sanitário. Na verdade, um mini trocador, já que estamos falando de um mini banheiro. Assim, para trocar a fralda do nosso pequeno, optamos por um trabalho em equipe. Deixamos a porta aberta e, enquanto eu trocava a fralda, o meu marido atuava como um verdadeiro instrumentador.

No interior do avião você não poderá ocupar as poltronas da primeira fila por causa do Airbag e também não poderá ocupar as poltronas sobre as asas por causa da saída de emergência. Enfim, o bebê viaja no colo, naquele aperto que já nos é tão conhecido.

Nós levamos o canguru ou BabyBjorn e o BB Pedro ficou em segurança a maior parte do voo. Ele não se assustou. Curioso, como ele só, ficou observando o movimento. Já em pleno voo, e um pouco entediado, reclamou, mas não chegou a chorar. Dizem que os bebês choram ao voar pela pressão sentida nos ouvidos. Mas o nosso pequenino ela não pareceu incomodar.

Quando você viaja com um bebê de colo e não compra um assento para ele, você não ganha o direito de transportar uma bagagem extra. E assim despachamos duas malas de bordo, sendo uma com as coisas do bebê e outra com as minhas roupas. Meu pobre marido foi obrigado a caber em uma mochila que carregou durante toda a viagem. E lá estávamos nós... 2 retirantes desfilando por Congonhas, ele com a mochila e o bebê no canguru e eu com uma maxi bag e uma super maxi baby bag.

Entre sair de casa (SP), resolver tudo no aeroporto, voar e chegar à casa da minha mãe (RJ) levamos 4h30. Para a mesma viagem de carro (SP - RJ) gastamos 5h30. Estamos nos perguntando até agora se vale a pena encarar a função aeroporto???



quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Pérolas que a gente escuta quando...


Durante a licença maternidade a mãe passa muito tempo em casa. Sim, ter um bebê "is a full-time JOB" e nos exige bastante.

No início, meu pequenino deu muito trabalho, como não poderia ser diferente, e assim passei 3 meses dentro de casa, eu repito dentro de casa... E nós nem moramos em uma casa... Você sabe o que significa isto para uma geminiana? Eu sei! Por vezes encontrei a luz recebendo visitas carinhosas de amigas e amigos queridos mas, a maior parte deste tempo, eu passei sozinha com o meu bebê. O que eu repetiria mil vezes, conhecendo hoje a bonança que nos espera logo ali no 4 mês de vida dos pequeninos.

Não foram poucas as vezes em que tive que esperar o meu marido chegar do trabalho, lá pelas 22h, para conseguir tomar banho e trocar a roupa que eu usava desde a hora em que levantei. Bom, levantei não é bem o termo já que nesta fase eu não dormia.

E assim a vida social se resumia a algumas visitas, poucas horas dedicadas ao marido, vários telefonemas para a mãe e a sogra e a longos papos com a profissional do lar que nos da apoio nos afazeres domésticos.

Já sei tudo sobre a vida da nossa ajudante. Ela é uma pessoa maravilhosa, super dedicada ao nosso lar e apaixonada pelo nosso bebê. É uma pessoa simples, nasceu na Bahia, tem várias irmãs, mora com 4 delas, o filho mais novo tem 10 anos e da muito trabalho, a filha de 14 anos já é uma moça e aproveita muito as roupas que não estou mais usando, frequenta a Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, etc, etc, etc.

E em meio a estas nossas conversas escuto coisas como:

O boris do BB Pedro manchou. O que será que ele comeu na escolinha? (boris = body)

A humildade está trazendo uns bichinhos para a cozinha. (humildade = umidade)

Estou louca para ver o BB Pedro gatinhando pra todo lado! (gatinhando = engatinhando)

Estas são as últimas pérolas que registrei. E assim, depois de algum tempo, decidi que iria ajudá-la, e por vezes, expliquei a ela a diferença entre o que ela falou e o que ela gostaria de falar. Torço para que ela não tenha ficado incomodada com a minha intervenção.

E, mesmo com o coração muito apertado, estou feliz em voltar a trabalhar. Meu bebê já está na escolinha e eu precisoooooo ver gente e precisoooooo voltar a falar "marketês".




terça-feira, 11 de setembro de 2012

When is it okay to ask a woman if she is pregnant?


: )

  • WHEN TO ASK A WOMEN IF E IS PREGNANT...

  • When To Ask A Women If She Is Pregnant...

Bebê, é hora da sopinha!


Depois de um mês brincando de comer frutas o bebê está pronto para a sopa. A mastigação já não é mais uma surpresa, ela foi testada com as frutas. E hora de ampliar a experiência dos sabores, é chegada a vez dos salgados.

Na fase do leite, o bebê ainda não faz escolhas. Leite é leite ralo, encorpado, suave, forte... leite! A preferência começa a aparecer na fase das frutas. O BB Pedro não recusou uma fruta em especial, mas sempre aceitou melhor o mamão. Difícil será reconhecer a rejeição a um dos ingrediente da sopa, com sua misturinha de sabores. Por hora ficamos na torcida para que todos eles sejam bem-vindos.

A primeira sopa do bebê deve conter: 1 carne + 2 legumes + 1 verdura. Temperados apenas com cebola, salsa e pouco sal.

O preparo é muito simples:
  • Leve ao fogo 1/2 litro de água, com a carne, os legumes e a verdura.
  • Cozinhe em fogo baixo até que todos os ingredientes amoleçam.
  • Retire da panela e passe em uma peneira de trama fina. A sopa deve ficar com consistência de purê. Não usar liquidificador. 
  • A carne não passará pela peneira. Coloque-a em um pratinho e pique até que os pedacinhos fiquem mínimos. Depois misture-a novamente a sopa.
  • Espere esfriar. Sirva ao bebê 150g de sopa morna.
Opções:
  • Carnes: carne de vaca, frango ou fígado
  • Legumes: batata, cenoura, mandioquinha, chuchu, abobrinha, cará, abóbora, inhame, batata doce, beterraba, mandioca.
  • Verduras: agrião, alface, almeirão, brócolis, espinafre, couve, escarola, vagem, couve-flor, salsão.
A sopa deve ser servida, inicialmente, como almoço, entre 11h e 12h, substituindo uma mamada. Ela deve ser introduzida gradativamente, até que o bebê passe a consumir 150g por refeição. A segunda sopa diária só deve ser oferecida ao bebê quando ele estiver comendo bem estas 150g. Ela será servida como jantar entre19h e 20h.

Após 15 dias de sopa (150g) pode-se juntar a ela 1 gema de ovo. Mas, o bebê não deve comer ovo todos os dias, oferece-o no máximo 3 vezes por semana. Não utilize a clara.

O BB Pedro começou a comer sopa na escolinha. Nos primeiros 3 dias ele aceitou entre 6 e 8 colheres e após 1 semana alcançou a marca de 150g. Nós encaramos esta batalha no final de semana, em seu 4 dia de sopa.

O BB Pedro não é muito apaixonado por seu babador de silicone, que ele puxa, estica e empurra o tempo todo. E ele é um bebê que chupa o dedo. Junte estes dois temperos a sopa e prepare-se para uma bela lambança. Entre colheradas ele sacode o babador e leva o dedo à boca, espalhando pelo seu rosto e por toda a casa uma boa parte das 150g de sopa.

Como já dizia um amigo: "Filho é como videogame, a nova fase é sempre mais difícil que a anterior."

Vejam aqui com seus próprios olhos:




Combinações preparadas na escolinha:
  • Carne de vaca + batata + cenoura + agrião
  • Frango + mandioca + abóbora + almeirão
  • Fígado + inhame + beterraba + brócolis
  • Carne de vaca + mandioquinha + abobrinha + vagem
  • Frango + cará + batata-doce + couve-flor

Dica: Se você optar por oferecer ao bebê músculo como a carne de vaca, prepare a sopa na panela de pressão para que ele amoleça bem.



segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Cuidados com o bebê no trocador


Quando o BB Pedro chegou em casa, ele era tão pequenino que cabia no trocador virado de frente para mim. Na época, nos preocupávamos apenas em não apertar demais nem de menos a fralda e em evitar os jatos de xixi.

Hoje ele mal cabe no trocador.

Depois de mais de 1.000 trocas de fralda, com diferentes níveis de dificuldades, como por exemplo, em uma cadeira levada para o minúsculo banheiro do restaurante Toca do Siri (feito que não teria sido possível sem a ajuda da amiga Pat B.), o fato do bebê estar virado para cá ou para lá pouco importa.

Com o tempo, nossa atenção está toda voltada para a segurança do bebê frente ao espaço disponível para a troca da fralda. Principalmente pelo fato de que esta atividade passa a ser realizada com um bebê em pleno movimento.

O BB Pedro está impossível. Por estar quase sentando, ficar deitado para ele perdeu completamente a graça. É um tal de virar e desvirar, escorregar o corpo, bater as pernas, ele simplesmente não para quieto. Agora reúna todos estes movimentos a troca de fraldas, multiplique por 8 trocas/dia e por 7 dias... Pois é, o trocador acaba de se tornar um tanto quanto perigoso. São muitas as histórias sobre bebês que caem do trocador...

Dica: Tenha sempre a mão tudo o que você precisa para a troca de fralda, seja ela uma fralda com número 1 ou número 2. Se perceber que algum item está faltando coloque o bebê no berço para ir buscá-lo.

Dica: Nunca, eu digo nunca, deixe o bebê sozinho no trocador, nem mesmo por alguns segundos para alcançar uma roupinha na gaveta inferior da cômoda. Um impulso indefeso pode levar o bebê ao chão. Coloque o bebê no berço, resolva o que for necessário e traga-o novamente para o trocador.

Dica: Não troque o bebê falando ao telefone. Tenha toda a sua atenção voltada para o bebê. Uma troca de fralda não leva mais do que alguns minutinhos.

Dica: Oriente sua mãe, irmãs, sogra, avós, primas, babá ou qualquer outra pessoa que possa ajudá-la com uma troca de fralda sobre a imprevisibilidade dos pequeninos.

Dica: Não mantenha no trocador brinquedos ou enfeites que possam chamar a atenção do bebê. Isto o deixará ainda mais ativo.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O bebê e as suas descobertas


O BB Pedro não é um bebê precoce. Todos os meses quando o levamos à pediatra ela nos faz perguntas relacionada à evolução dele e, muitas vezes, a nossa resposta é ainda não. Mas, uma semana depois, o pequeno nos surpreende. Sim, nós sabemos que cada bebê tem o seu tempo. Mas, o tempo do BB Pedro precisava ser: consulta com a pediatra + 1 semana? Será que ele gosta de um suspense? Será que ele gosta de chamar a nossa atenção? Ou será que ele é parecido com os pais deles... e gosta de fazer as coisas muito bem feitas. rsrsrsrs

Com 3 meses:
  • Pediatra: Ele já descobriu as mãozinhas? 
  • Nós: ainda não
  • BB Pedro: 1 semana depois ele ficava hipnotizado olhando para as mãos, abrindo e fechando os dedinhos. Poucos dias depois ele chupava todos os dedos das mãos.

Com 4 meses:
  • Pediatra: Ele já estende as mãos para segurar as coisas?
  • Nós: ainda não
  • BB Pedro: 1 semana depois ele agarrou o móbile de sua cadeirinha e fez repetir sua musiquinha por horas e horas a fio.

Com 4 meses:
  • Pediatra: Ele já descobriu os pés? 
  • Nós: ainda não
  • BB Pedro: 1 semana depois ele passava horas em forma de L tentando entender o que eram aqueles dois pãezinhos sobre os quais ele tinha adquirido controle. O espertinho passou a usar os pés para me acordar. Ele não chorava mais a noite, ele batia com os pés na cama até alguém aparecer.

Com 5 meses: 
  • Pediatra: E como está a coordenação dele, o controle sobre as mãos?
  • Nós: ainda sem muitas mudanças
  • BB Pedro: 1 semana depois ele me vez derramar algumas lágrimas ao estender os bracinhos e pedir colo pela primeira vez. Eu esperava por isto desde o dia em que ele nasceu. Não preciso dizer que logo depois os seus bracinhos passaram a ser estendidos para tudo e para todos, pestinha!

Com 6 meses:
  • Pediatra: Ele já está segurando os pés, eles já foram parar na boca?
  • Nós: ainda não
  • BB Pedro: 1 semana depois ele passou a chupar o dedão do pé durante as trocas de fraldas. Hoje com 6 meses e 2 semanas, ele está mais pra tatu bola do que pra qualquer outra coisa.

Hoje o nosso pequeno é super ativo. Controla perfeitamente as mãos e os pés, vira para lá e pra cá com facilidade. Presta atenção aos sons e segue com os olhos e a cabeça os movimentos. Fala sem parar o dia todo. Da grandes sorrisos quando se vê no espelho. Estica os braços e abre a boca quando vê a mamadeira, assiste novela com a mamãe, etc. Se o BB Pedro precisa de 1 semana a mais para fazer as coisas bem feitas, quem somos nós para reclamar.

Estas são apenas algumas das perguntas que a pediatra nos fez. Vocês vão se deparar com muitas outras, preparem-se.

Pedindo colo pra mommy:


Tatu bola: